PAPAI, MEU MELHOR AMIGO
(junto ao seu coração)
Deus no novo
testamento se apresenta nitidamente como Pai. Jesus chama Deus de Pai, ora ao
Pai e nos chama de filhos de Deus e seus irmãos.
Isso é uma
verdade muito importante, pois se somos filhos somos herdeiros, mas também
temos intimidade com Deus, Ele não é simplesmente nosso Deus, mas é nosso Pai, é
um amigo, aquele que sempre está por perto.
Passando a conhecer essa verdade, entendemos que nosso relacionamento
com Deus deve se basear de agora em diante em um relacionamento entre Pai e
filho(a).
Essa é a bondade
de Deus, ao receber Jesus ganhamos esse poder e direito de se tornar filhos de
Deus, é maravilho, é algo que foi planejado no coração de Deus.
O mais especial
da graça é Deus se dando a conhecer, é Deus se tornando acessível, é receber a
vida que emana dessa comunhão.
O véu foi
rasgado, o caminho para o santo dos santos está aberto pelo sangue de Jesus,
temos livre acesso a sua presença, não é o máximo?
Em Deus está a
vida, a alegria, a paz, tudo está Nele, e provém Dele. Jesus disse:Que Deus é
quem era bom, e João disse: Deus é amor.
Em Deus está a
fonte de tudo o que é bom, Nele está o bem. Em outras palavras podemos dizer
que o mal nada mais é que a ausência de Deus. A morte é a ausência da vida, as
trevas são ausência da luz e Deus é a vida e também é a luz.
Falar da bondade
de Deus e de sua paternidade, às vezes é difícil, pois vemos muita maldade a
solta e tantas coisas ruins acontecendo, por que será?
Se Deus é tão
bom, por que tantas coisas ruins acontecem? Essa é uma pergunta que sempre fica
no ar.
Para entendermos
um pouco disso precisamos voltar ao começo da criação, precisamos olhar o
relacionamento que Deus tinha com Adão e Eva e como suas escolhas atrapalharam
muito o mundo em que vivemos.
Deus criou o
homem para se relacionar, e para transmitir sua vida, sendo assim colocou o
homem no jardim do Édem, um jardim de frutos bons, cheio de vida e alegria.
Nesse jardim
tinha a árvore da vida, que possuía na sua essência a vida. Deus na viração do
dia conversava com o homem, era uma comunhão entre pai e filho, assim era o
desejo de Deus. Essa era a condição para que tudo estivesse em perfeita ordem e
harmonia.
Entretanto o
jardim também possuía a árvore do conhecimento do bem e do mal, era uma árvore
que dava seus frutos, porém deles o homem não poderia comer, senão morreria.
Deus havia deixado essa ordem, que colocava limites e respeito entre Deus e sua
criação, era uma forma de Deus proteger e cuidar de seus filhos.
De todas as
árvores do jardim o homem poderia comer de seus frutos, mas da árvore do
conhecimento, não, era apenas uma árvore entre muitíssimas, mas não seria isso
um problema ou seria?
Porém esse foi o
grande problema do mundo, não do fruto estar ali, mas do desejo que o homem
especificamente Eva, teve de comer desse fruto.
Os problemas que
vemos no mundo são basicamente oriundos dessas atitudes e decisões que Adão e
Eva tiveram.
Isto está relatado
no capítulo três de Gênesis
Gn 3.1 Ora, a
serpente era o mais astuto de todos os animais do campo, que o Senhor Deus
tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de
toda árvore do jardim?
Gn 3.2 Respondeu
a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim podemos comer,
Gn 3.3 mas do
fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem
nele tocareis, para que não morrais.
Gn 3.4 Disse a
serpente à mulher: Certamente não morrereis.
Gn 3.5 Porque
Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e
sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal.
Gn 3.6 Então,
vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos,
e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a
seu marido, e ele também comeu.
Gn 3.7 Então
foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; pelo que coseram
folhas de figueira, e fizeram para si aventais.
Gn 3.8 E,
ouvindo a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim à tardinha, esconderam-se
o homem e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim.
Gn 3.9 Mas
chamou o Senhor Deus ao homem, e perguntou-lhe: Onde estás?
Gn 3.10
Respondeu-lhe o homem: Ouvi a tua voz no jardim e tive medo, porque estava nu;
e escondi-me.
Gn 3.11 Deus
perguntou-lhe mais: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste da árvore de que te
ordenei que não comesses?
Gn 3.12 Ao que
respondeu o homem: A mulher que me deste por companheira deu-me a árvore, e eu
comi.
Gn 3.13
Perguntou o Senhor Deus à mulher: Que é isto que fizeste? Respondeu a mulher: A
serpente enganou-me, e eu comi.
Vamos entender,
a serpente enganou Eva, disse que não morreriam se comecem do fruto, mas seriam
iguais á Deus, conhecedores do bem e do mal, isso gerou em Eva um desejo de ser
independente, e de ser livre, ela não queria estar debaixo de uma regra, mas
fazendo isso ela deixou de confiar em Deus, ela deixou de ser dependente e
assumiu uma vida regida por suas próprias decisões.
Nós sabemos que
Eva foi enganada pela serpente, foi traída por seus desejos, por suas vontades
e por sua curiosidade, mas também sabemos que foi uma escolha voluntaria e
consciente.
Esse desejo de
ser independente podemos dizer que é o grande mal do mundo (O mundo de hoje sofre por causa desse
conceito de independência, de querer sempre conhecer e experimentar de tudo, de
querer o prazer a qualquer custo).
Eva queria tomar
suas escolhas seguir seus caminhos, por uma atitude de comer do fruto, todos
esses sentimentos puderam ser revelados.
Antes disso Deus
tinha comunhão com o homem, o homem tinha uma liberdade com Deus, isto é de Pai
pra filho, era maravilhoso, mas depois do pecado, da desobediência, muitas
coisas ruins começaram a acontecer, veja:
O homem e a
mulher viram que estavam nus, eles tentaram cobrir sua nudez com folhas, e se
esconderam de Deus. Aqui o homem em si próprio se condena, ele sabe que errou,
sabe que tinha perdido sua integridade para com Deus.
Deus na viração
do dia, como de costume vinha para ter comunhão com o homem, porém Deus não
achou Adão, é a história de quem não deve não teme, mas Adão estava devendo,
estava escondido, como se pudesse esconder de Deus.
Deus chamou por
Adão e Eva, Adão respondeu que estavam nus e estavam com vergonha, e no mais
todos já conhecem a história.
O homem foi
expulso do Édem, impedido também de comer da árvore da vida, a terra ficou
maldita, acarretando assim, grandes problemas para o mundo.
O mal entrou no
mundo, por que o homem passou a planejar o seu futuro, passou a tomar suas
decisões, estava longe de Deus, mas gostava dessa liberdade.
O mundo passou a
ser um ambiente hostil, com muitos homens que não tinham temor a Deus e pendiam
para o mal.
Depois da queda
também vieram muitos homens de Deus, eles lutavam para que o povo voltasse para
Deus, fazendo isso no meio de um povo que não queria Deus, que queria ser
independente, ter liberdade, mas na verdade eram escravos.
Deus no desejo
de resgatar o homem fez a Lei como padrão de conduta, mas não era seguida como
deveria ser.
Deus na sua
bondade enviou Jesus, seu próprio filho, para na sua carne vencer o pecado, e
por sua morte resgatar toda a humanidade, contudo muitos não entenderam isso
ainda.
Em Cristo Deus
revela toda sua bondade, todo seu amor, agora se revelando como pai.
Para um bom
entendedor, isso significa que Deus que ter novamente comunhão com o homem
novamente. Em Jesus somos perdoados, somos lavados e aceitos por Deus, temos
acesso a sua presença e quem entende isso entra na vida, ganha a vida do
próprio Deus, em outras palavras está voltando ao Édem, está voltando a ter
acesso á árvore da vida.
Deus em Cristo
reconciliou o mundo com Ele, para Ele mesmo ser o doador da vida.
2Co 5.18 Mas
todas as coisas provêm de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Cristo, e
nos confiou o ministério da reconciliação;
2Co 5.19 pois
que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos
homens as suas transgressões; e nos encarregou da palavra da reconciliação.
Esse é o tempo,
esse é o dia, essa é a hora, podemos ter comunhão novamente com o Papai.
O projeto da
graça além de nos perdoar dos pecados, nos dá um companheiro, o Espírito Santo
que nos ajuda no processo de santificação, e no processo de cumprir a vontade
de Deus para nossas vidas, mas a palavra chave para compreendermos isso
chama-se, comunhão.
Precisamos ter
comunhão com o Espírito Santo, o qual revela Deus e a sua vontade. É tremendo
conhecer isso, pois esse é o plano, é o projeto para toda obra de salvação de
Deus na terra.
A igreja que
aprende, que ensina o seu rebanho a ter comunhão com Deus, vai vencer, vai
cumprir seu chamado na terra.
Deus não está
nos chamando a fazer coisas para Ele, mas está nos chamando a se relacionar com
Ele, pois a partir desse relacionamento podemos dar frutos. Deus nunca quis que
fizéssemos as obras sem Ele, mas quer estar conosco, onde sua vida se manifeste
por nosso intermédio e isso se deve ao tempo que passamos juntos com Ele.
Muitas vezes
ensinamos as pessoas a obedecer as regras, ou fazer isso ou aquilo, mas não
ensinamos as pessoas a terem um relacionamento vivo e pessoal com Deus.
Conhecendo Deus
e seu amor, nós podemos ser usados com autoridade na terra.
A base para toda
obra é o amor, amor a Deus e as vidas, isso faz toda a diferença em uma igreja,
e em um ministério.
Não é fazer por
fazer, mas é fazer porque teve uma direção, unção, e propósito que vieram de
Deus, motivados pelo amor. E mais, o poder de Deus está na presença de Deus.
Rm 11.36 Porque
dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas;
Sem
relacionamento com Deus temos apenas uma religião, com muitas regras, tudo fica
muito pesado e chato.
Mas quando o
povo é ensinado e pratica comunhão com Deus, tudo flui naturalmente, a obra, o
serviço, a submissão, serão simples frutos de uma vida transformada pela
presença de Deus.
Orar, conversar,
ouvir a Deus, meditar na palavra, louvar, cantar, são meios de se relacionar
com Deus. Essa comunhão não tem regras, ou tempo ou lugar para ser feito, mas é
necessário ser feito diariamente, pois todos os dias nós precisamos ouvir a voz
de Deus.
Quando o
ministério flui de um relacionamento, fica fácil fazer o que precisa ser feito,
não será difícil servir quando se ama, e ainda mais se recebemos algo de Deus
para dar a alguém.
Sem nos
relacionarmos com Deus não podemos dar nada, pois ninguém dá o que não tem.
É fácil se
relacionar quando você sabe que tem um pai de amor, que corrige, mas dá todas
as chances para crescer diante Dele em amor.
O primeiro amor
é o momento que você conhece o amor de Deus e tudo o que quer é conhecer mais
desse Deus. No primeiro amor nós fazemos tudo com gosto, dedicação, e não a
peso, tudo por que nosso desejo é conhecer mais a Deus e isso aquece nosso
coração. O amor esfria quando nos afastamos de Deus, às vezes estamos na
igreja, mas estamos frios, por que nos contentamos apenas com a religião e
deixamos de estar com Papai.
Não podemos
fazer as coisas de Deus só por que nos mandaram, precisamos fazer por que
queremos fazer, Quando há relacionamento com Deus não há peso em fazer as
coisas e obedecer.
Quando o fazer é
baseado em um relacionamento com Deus e não numa religião, fazemos as coisas
com desejo, com amor, e boa vontade. A partir daí, se batizar, orar, ou servir,
já não serão por obrigação, mas por que queremos e estamos felizes por fazer.
Será um prazer ir na igreja e se relacionar com os irmãos, pois estaremos
envolvidos pelo amor de Deus.
Não podemos
gerar uma igreja obrigando as pessoas a fazerem algo, quando elas entenderem o
projeto de Deus elas fazem por que amam a obra, o amor não força ele mostra o
caminho.
Sem
relacionamento com Deus a gente representa papéis, baseados em regras e
conceitos decorados, já quem se relaciona tem um motivador diário que o
acompanha, que é o amor a Deus.
Quando
conhecemos o amor que Deus tem por cada um de nós, podemos entender por que
Deus nos quer longe do pecado e por que Jesus morreu para no livrar do pecado.
Precisamos
entender que o pecado não é só uma desobediência que mata, ele é independência,
é dizer que andar pelos meus caminhos é melhor, é assumir o risco da
"liberdade", porém fora da presença de Deus. E como Deus é amor Ele
não obriga ninguém a segui-lo.
Deus condena o
pecado, não por que é uma má conduta, mas por que nos mata, nos destrói aos
poucos.
Se você entender
o fim da história para quem anda no pecado, vai entender por que Deus quer nos
manter longe do pecado, e perto Dele.
Abaixo faço
algumas perguntas para refletirmos um pouco:
Quais são as
conseqüências para uma pessoa que mente?
Quais são as
conseqüências para uma pessoa que adultera?
Quais são as
conseqüências para uma pessoa que rouba?
Quais são as
conseqüências para uma pessoa que usa drogas?
Quais são as
conseqüências para uma pessoa que mata?
Quais são as
conseqüências para uma pessoa que pratica o mal?
Analisando essas
perguntas, vemos que o pecado só causa destruição e morte.
Deus não fala
sobre o pecado simplesmente para nos controlar e pôr medo, mas por que nos ama
e não quer que seus filhos sofram com as conseqüências do pecado e por estar
vivendo longe Dele.
Em Cristo o
pecado foi vencido, o perdão foi liberado, o ser humano já foi salvo, mas
precisamos tomar posse, precisamos voltar a Deus em arrependimento e fé.
Reconciliação é
um via de duas mãos, Deus faz sua parte e nós fazemos a nossa, e nisso Deus já
fez a Dele, nos perdoando, só falta nós fazermos a nossa.
1Jo 4.9 Nisto se
manifestou o amor de Deus para conosco: em que Deus enviou seu Filho unigênito
ao mundo, para que por meio dele vivamos.
Deus espera que
você entenda o amor que Ele tem por você, Ele te espera todos os dias a um
relacionamento de Pai para filho, não despreze esse amor sua salvação depende
disso. Hoje é o dia, essa é a hora, e a gora é o momento certo para se
reconciliar com Papai.
Deus quer ser
seu melhor amigo, quer que você se lance em seus braços, confiando que Ele
cuidará de você, como uma criança confia em seu papai, ela se entrega, pois
sabe que seu pai é o seu grande herói.
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